sábado, 27 de fevereiro de 2010

Capivara

Encontrada em certas áreas das Américas do Sul e Central, próximo a rios e lagos, a capivara (Hydrochoerus hydrochaeris) é o maior roedor herbívoro do mundo. Alimenta-se de capins e ervas, comuns em várzeas e alagados, e pode chegar a pesar até 80 kg.
No Rio Grande do Sul, é também conhecida por capincho ou carpincho.É uma excelente nadadora, tendo inclusive pés com pequenas membranas. Ela se reproduz na água e a usa como defesa, escondendo-se de seus predadores. Ela pode permanecer submersa por alguns minutos. A capivara também é conhecida por dormir submersa com apenas o focinho fora d'água.
No Pantanal, seus principais períodos de atividade são pela manhã e à tardinha, mas em áreas mais críticas podem tornar-se exclusivamente noturnas. Nas décadas de 60 e 70 as capivaras foram caçadas comercialmente no Pantanal, por sua pele e pelo seu óleo que era considerado como tendo propriedades medicinais. Estudos posteriores indicam que pode haver, no mínimo, cerca de 400 mil capivaras em todo o Pantanal.
A capivara, como animal pastador, utiliza a água como refúgio, e não como fonte de alimentos, o que a torna muito tolerante à vida em ambientes alterados pelo homem: tornou-se famoso o caso da "capivara da lagoa", que viveu durante meses no entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas na área urbana do Rio de Janeiro, assim como é notória a presença de capivaras em partes dos rios Tietê e Pinheiros, em plena São Paulo, apesar do altíssimo índice de poluição destes rios.
Nas regiões ao longo do Rio Paraná no sul do Brasil e norte da Argentina, as capivaras são freqüentemente capturadas e aprisionadas para criações em cativeiro ou para serem abatidas como carne de caça.
Entretanto, no Brasil, esta prática tem de ser precedida de projeto e licenciada pelos órgãos de controle ambiental sob pena de configurar crime ambiental, já que a capivara é uma espécie protegida por lei.
Existem estudos para sua criação em cativeiro visando a produção de carne como substituto à caça predatória, mas ainda há poucos resultados práticos nesse sentido. Sua carne tem sabor próximo ao do porco e é mais magra porém com um sabor mais picante.

Raposa-do-ártico


A raposa-do-ártico também conhecida por raposa-polar, é uma raposa de pequenas dimensões existente no Hemisfério Norte. Apesar de alguns classificadores a terem colocado no género Vulpes, este animal de há muito é considerado como único membro do género Alopex.

Descrição

Tem 50 cm a 1 metro de comprimento e,até os ombros, tem 28 cm de altura. Pesa de 2,5 a 7 kg. vive de 3 a 10 anos. A pelagem da raposa varia conforme a estação do ano, sendo branca no Inverno e castanha-parda no Verão. A camada de pêlo externo da raposa cobre o denso, espesso e muito quente pêlo de baixo. Tem pequenas orelhas revestidas de pêlo que ajudam a reter o calor. As patas são relativamente grandes para evitar que ela afunde na neve fofa e têm pêlo lanudo nas patas que funciona como antiderrapante e confere isolamento. A cauda é pequena, espessa e densa, medindo 30 cm.

Comportamento

As raposas do ártico cobrem vastas distâncias algumas mais de 2.300 km todos os anos procurando comida. Acasalam com o mesmo par toda a vida e enquanto estão procriando, partilham o território com outros casais, geralmente construindo a toca em uma zona abrigada e sem gelo ou entre pedras. Essas tocas são complexas na sua contrução, chegando a atingir 250 entradas. Algumas têm utilização contínua ao longo da mais de 300 anos. A raposa usa a toca como esconderijo para o mau tempo, despensa para armazenar comida que sobra, abrigo para as crias ou para a fuga de predadores, mas não hiberna nela. Quando o tempo está muito ruim, escava uma cova na neve, enrosca-se e enrola a cauda à volta dos pés e pernas para se aquecer.

Alimentação

As raposas do ártico caçam lemimgues, ratos e outros pequenos mamíferos. Também apanham caranguejos e peixes na costa, bem como aves marinhas e seus ovos. A carne putrefata é uma parte importante da sua dieta; elas seguem os ursos-polares para se banquetearem com os restos das suas matanças de focas. As raposas do ártico também comem bagas. Em épocas de fartura, armazenam as sobras de carne em suas tocas, alinhando ordenadamente aves sem cabeça ou cadáveres de mamíferos. Essas reservas são consumidas nos meses de inverno.
Reprodução
No início do verão, um casal de raposas do Ártico produzem uma ninhada de em média seis à dez crias.O periodo de gestação da raposa do ártico dura 50 dias. Os progenitores e ocasionalmente outras fêmeas ajudantes tratam as crias. Elas são desmamadas com cerca de nove semanas e deixam a toca com 15 semanas. Durante sua permanência no ninho, as crias e os seus progenitores comem cerca de 4 mil lemingues, sua presa favorita. Os números de raposas do ártico estão ligados à disponibilidade da sua presa e variam de acordo com ela.
Curiosidades
A Raposa do Ártico, aguenta a temperaturas muito frias, como -50 °C. No folclore escandinavo, pensava-se que as raposas do ártico provocavam a Aurora Boreal, ou Luzes do Norte, que brilham no céu noturno. Na realidade, a palavra antiga para a Aurora Boreal em finlandês era "revontulet" que significa fogo da raposa. A maternidade sexual da raposa é com 10 meses, pois elas vivem de 3 a 10 anos.